A TASCA DO ZÉ RUSSO

O sítio do costume.

Não é muito fácil encontrar restaurantes que se tornem “habituais”. Mas, felizmente, quando isso acontece esse restaurante ganha uma espécie de “aura” à sua volta que o faz sobreviver ao passar do tempo e à mudança de contextos.

Ora, quando trabalhava na zona do Parque das Nações (há uns longos 4 anos atrás), a Tasca do Zé Russo era o restaurante dos almoços de sexta-feira. Sempre. Daqueles almoços em que demorávamos mais tempo porque precisávamos de descomprimir de uma semana de stress permanente. Era uma espécie de romaria.

Agora as minhas semanas de stress já não são naquela zona da cidade, mas um jantar com amigos deparou-se com uma outra tasca fechada naquela zona e, quando pensávamos em alternativas, eis que me surgiu uma maravilhosa ideia: “Minha gente, vamos à Tasca do Zé Russo!”

E não é que continua igual?! Meio escondido e sem grande opção de estacionamento, é um restaurante simples, uma tasca daquelas em que nos recebem quase pelo nome e onde já sabem o que vamos comer. Isso acontecia antes comigo e nesta visita recente comprovei que continua a acontecer com os clientes habituais.

No corredor de entrada, olhamos para as montras onde está em exposição o peixe ou a carne, à espera de serem escolhidos. Aqui há boa grelha, tanto para peixe como para carne. O peixe é sempre fresco, e se já nos passaram muitos pela frente, desta vez comemos umas belas sardinhas, com boa batata cozida e, claro, uma salada mista!

Nas carnes, há secretos ou tiras de porco preto, assim como também há um excelente piano do mesmo bicho. Alheira de caça também, daquelas que vem com um bom ovo estrelado a cavalo. Batata frita, salada mista ou outro clássico da casa, o arroz de feijão, que continua muito bom como eu me lembrava.

No resto, sobremesas gulosas e caseiras (algumas melhores que outras, é verdade, e por exemplo o bolo de bolacha é daquelas que passa um bocado ao lado…), expostas noutra montra à entrada do restaurante. E para acompanhar tudo isto, excelente vinho da casa!

É um daqueles tesourinhos escondidos que muita gente conhece, sem qualquer dúvida (principalmente quem trabalha na zona). E é também daqueles “habituais” que resistem à passagem do tempo e à mudança dos contextos. Felizmente!
#adorotascas

Preço Médio: 15€ pessoa (com vinho da casa)
Informações & Contactos:
Rua Vale Formoso de Cima, 264 | 1950-274 Lisboa | 218592140

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