Onde se paga a comida e a decoração também…
Há aqueles restaurantes em que, quando chega a conta no final, quase não confirmas, porque sentes que o valor é mais do que justo para o que comeste e a experiência em geral. E depois há outros onde simplesmente confirmas tudo várias vezes e simplesmente abanas a cabeça…
E este foi o sentimento com que saímos da Casa de Pasto – Cais do Sodré: pagámos muito para aquilo que comemos. Demais.
Ok, o sítio é muito giro, as diferentes salas estão bem decoradas naquela onda vintage tão na moda actualmente. Inevitavelmente barulhento, inevitavelmente confuso, mas isto também só acontece porque está sempre cheio. Também como seria de esperar, a qualidade do serviço diminui na proporção inversa ao número de mesas ocupadas. O habitual neste tipo de restaurantes.
O problema é que olhas para a lista e começas a ver as discrepâncias grandes a nível de preço. Tens petiscos até 10€, que te avisam logo que são para dividir, e pratos principais que vão dos 10€ aos 25€. Guarnições à parte, claro. Um bocado na dúvida, pedimos 2 petiscos e um prato para dividir: o bisque de lagostins e mexilhão, saboroso mas nada surpreendente, o tártaro de novilho, em dose mais pequena do que seria de esperar, e as costeletas de borrego com geleia de mostarda antiga, demasiado duras e também não muito bem servidas. Isto tudo por quase 30€ (sem acompanhamentos), sendo que ficamos com fome. Porque não fomos sozinhos, à mesa ainda chegaram uns filetes de peixe-galo interessantes, umas bochechas de porco preto iguais às que se comem em qualquer outro restaurante, um bacalhau assado sem sabor nenhum e muito mal servido e uma presa ibérica que era o melhor de toda a mesa. Acrescentando as guarnições, cada prato ronda os 20€ (e estes são dos mais baratos), o que não seria mau se não houvesse o sentimento geral de pouca quantidade.
Por isso, pedimos sobremesas, muito melhores a nível de qualidade e quantidade (bom bolo de chocolate, muito bom leite creme, óptimos bolo de polenta e pêra e também a tarte de avelã).
Bebemos vinho, o mais barato de uma carta equilibrada.
Se é um restaurante mau? Não, claro que não. É muito giro e tem um bom vibe. Mas pagar quase 25€ pessoa e ficar com fome porque as doses são reduzidas não é a coisa que mas me agrade. Ou pagar 2€ por uma garrafa de água sem marca (da torneira?), mas nem vale a pena entrar por aí…
Preço Médio: 22€ pessoa (3 petiscos ou petisco e prato, com vinho)
Informações & Contactos:
Rua de S. Paulo, nº 20 – 1º | 1200-428 Lisboa | 963739979
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