Falta-lhe um “algo mais” que o faça destacar dos outros “milhares” de hamburguerias…
É cada vez mais difícil distinguir as hamburguerias que vão abrindo (porque a moda teima a ir embora e a maioria das pessoas não tem capacidade/quer criar conceitos de restauração inovadores). Têm nomes diferentes, há algumas que têm uma decoração própria (fugindo ao modelo pré-formatado das mesas e bancos de madeira…), cada uma tem uma temática diferente para os nomes dos hambúrgures e sim, algumas destas novas apostam mais na qualidade da carne e outros ingredientes do que as que abriram no ano passado… Mas a verdade é que a sub-moda deste ano são os hambúrgueres altos, com tanta coisa dentro do pão que é uma sorte conseguir comê-los sem nos cair tudo das mãos…
O Burger Rouge segue todas estas modas e sub-modas, mas fica a meio no que respeita a explorar um conceito como deve ser. Percebes pelos nomes dos hambúrgueres e quando entras no restaurante que a ideia parecia ser explorar referentes relacionados ao burlesco, aos cabarets, Moulin Rouge e tal. Mas depois isso não é explorado até ao fim, o espeço tem apenas pequenos pormenores de decoração e os hambúrgueres, para além dos nomes, não têm mais nada que remeta para esse imaginário.
São bons, ainda que o pão seja mais fraquinho do que os ingredientes. O Red Velvet (ex-libris da casa), com cebola frita, ovo estrelado, bacon e cheddar, está bem composto e é bastante agradável de comer. Por outro lado, o Chilli Burger peca por não ser bem montado – tem feijão e molho picante mas em cima do tomate e da alface, o que lhes tira a frescura, e por cima da carne um ovo estrelado completamente seco; ao pegar no hambúrguer com as mãos, os ingredientes caem pelos lados… É tudo saboroso, carne e ingredientes, mas a “montagem” do hambúrguer faz com que seja difícil de comer… De resto, as batatas são iguais às das outras hamburguerias e há uma boa tarte de chocolate fria para sobremesa.
Ou seja, quando não são os ingredientes ou a qualidade que servem para tornar o Murger Rouge diferente das outras hamburguerias, o conceito (e a sua materialização) deveriam fazê-lo. Mas como não é explorado como deve ser, o resultado final fica assim num meio termo estranho… Será que não quiseram arriscar a levar o conceito mais à frente, com medo de ser menos “comerciais”?
Nota: E desde o mês passado que o Burger Rouge tem também um segundo restaurante na Costa da Caparica, além do espaço inicial no Campo Grande.
Preço Médio: 10€ (hambúrguer e cerveja)
Informações & Contactos:
Campo Grande, 232 | 1700-162 Lisboa | 938 865 561
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