Um naco não se pode servir frio. Duas vezes!
Sou gajo de boa carne, principalmente grelhada. De um bom naco, médio-mal, alto e suculento, com sal grosso em cima e regado com limão. Ou de outra peça qualquer do bicho, desde que seja de boa qualidade e bem cozinhada. Por isso é que inevitavelmente entro em restaurantes cujo nome inclui a palavra “grelhados”, mesmo sabendo muito pouco acerca deles. Nesse sentido, sou bastante fácil.
Ora, entro nos Grelhados de Alcantara depois de ouvir dizer que a carne era óptima. Olho para a lista e sim, é basicamente o que estava à espera. Optamos por não comer o bacalhau (prato emblemático da casa) e ficar pelas carnes: medalhões, costeleta e outra especialidade, o naco de vitela. Médio-mal, claro. Mas que chega à mesa seco… e completamente frio. Sem estar suculento ainda vá que não vá (embora já seja uma falha), mas frio é que não. Volta para trás, sendo que a explicação é o naco ser muito alto e precisar de ser aberto ao meio para garantir que fica quente. Em todos os meus anos a comer bifes, foi a primeira vez que ouvi esta explicação… Assim como foi a primeira vez que, depois de mandar um prato frio para trás, ele volta igual. Sim, o naco foi aberto ao meio, mas vinha novamente frio – atenção que não é morno, é frio. Frio ao ponto da manteiga de algo que o acompanha não derreter em cima dele.
No resto da mesa, a costeleta estava boa e os medalhões muito saborosos, mas o meu naco estava seco e frio (mesmo à segunda vez que volta à mesa). Uma especialidade da casa.
Por mais simpático que seja o serviço (e é) ou boas que estivessem as outras carnes (e estavam), os Grelhados de Alcântara ficam para mim como o restaurante que me serviu um naco de vitela frio, mesmo à segunda tentativa. E num restaurante “especialista”, isso para mim é imperdoável.
Preço Médio: 15€ pessoa (com cerveja, sem sobremesa)
Informações & Contactos:
Rua Gilberto Rola, 10 | 1350 Lisboa | 213958585
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